Logo depois das eleições em outubro, nós passamos a ouvir os rumores de que o Estado do Rio Grande do Norte estava quebrado. Não havia dinheiro para saldar compromissos com fornecedores e prestadores de serviços. Pior: a folha dos servidores estaduais corria o risco de não ser paga. O caos financeiro estava por vir.
Pelo visto, era tudo verdade. O caixa do Estado do Rio Grande do Norte está com um buraco enorme e ninguém ainda sabe o tamanho dele.
A equipe da governadora Rosalba Ciarlini – recém empossada e já no olho do furacão – estima um desvio de R$ 132 milhões. Onde foi parar esse dinheiro?
Por quê o Estado ficou sem dinheiro para pagar a folha de dezembro? Por quê o governo passado não pagou o que devia a fornecedores e prestadores de serviços? Por quê o Estado teve de apropriar-se indevidamente de recursos dos royalties do petróleo de 2011 para saldar compromisso da folha de servidores de dezembro de 2010? Por quê faltou dinheiro para pagar a dívida vencida do Estado neste início de janeiro? Por quê faltam recursos para transferência do ICMS dos municípios? Quem é o responsável ou a responsável ou os responsáveis pelo descalabro financeiro?
O cidadão norte-rio-grandense está curioso para saber as respostas de tantos questionamentos.
O governo de Rosalba Ciarlini tem de jogar luz em toda essa história obscura que foi o final do governo de Iberê Ferreira de Souza.
Iberê Ferreira nem pode jogar a culpa toda no governo da antecessora Wilma de Faria ou em governos anteriores. Se havia descalabro financeiro em curso ele deveria ter nos avisado. Era sua obrigação. Se não agiu da maneira correta, no mínimo, ele foi negligente. Ou, quem sabe, omisso.
Por conta do buraco financeiro, a governadora decretou moratória – suspensão de pagamentos pelo prazo de 30 dias – e anunciou cortes de gastos no custeio da máquina e nos investimentos.
Haverá dinheiro para pagar a próxima folha dos servidores estaduais? Eis aí uma pergunta que não quer calar neste momento.
DD
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