O deputado estadual Ricardo Motta (PMN), candidato único à presidência da Assembleia Legislativa, deixou transparecer que não ficou nada satisfeito com a indefinição do PMDB, que, na manhã desta segunda-feira (24), encaminhou uma lista com quatro nomes para que Motta escolha qual peemedebista será o primeiro secretário da nova Mesa Diretora do poder Legislativo.
“Agradeço a deferência de Henrique Alves [presidente do Diretório Estadual do PMDB] para com o PMN, mas nós vamos conversar com os deputados. É uma responsabilidade muito grande. Esperava que o PMDB apresentasse apenas um nome, mas apresentaram quatro. Todos eles já anunciaram apoio ao nosso nome, como vou escolher um? Fica difícil”, declarou Motta, que deve administrar a dura missão que as circunstâncias estão lhe impondo.
Os quatro nomes apresentados pelo PMDB são: Hermano Morais, Gustavo Fernandes, Poti Júnior e Nelter Queiroz. Segundo Motta, não há data para anúncio de qual desses nomes será escolhido.
“Ainda temos tempo. Vou ouvir o sentimento de todos eles. Todos são meus amigos pessoais, independente da política, e qualquer um dos nomes tem condições de exercer o cargo”, destacou.
Com a função de escolher um sem desagradar os demais, Motta irá pedir conselhos ao ex-presidente da Assembleia, o atual vice-governador Robinson Faria (PMN). “Vamos dialogar até a exaustão. Vou conversar com Robinson, que desde o início tem participado das conversas, das articulações”, adiantou.
Outro complicador na negociação com os demais partidos é que agora o PMDB, além da primeira secretaria, quer outro cargo na Mesa Diretora, possivelmente o de segundo vice-presidente. Sobre a pecha de fisiologistas que recai sobre os peemedebistas, Motta foi ponderado.
Questionado se iria conceder mais uma vaga para os peemedebistas, o pemenista não confirmou. “Nós vamos ver, porque temos que falar com os outros deputados”, ressaltou, acrescentando também que há indicações para as comissões, lideranças partidárias e fez referência a um possível “rodízio no poder”.
Demonstrando preocupação com a situação em que se encontra, Motta disse que essa é uma “eleição atípica”, uma vez que há seis parlamentares de seis partidos diferentes e é preciso conversar um a um. Independente das dificuldades, assegurou que na sua administração “todos os parlamentares vão receber tratamento igualitário”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário