segunda-feira, 21 de junho de 2010

Iberê adia novamente anúncio do vice

O nome do vice do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) não deverá ser anunciado amanhã (22). Na semana passada, Iberê prometera fazer o anúncio do companheiro de chapa nesta terça-feira, mas adiou a divulgação mais uma vez – a data já havia passado do dia 15 para 22 de junho.

O suplente de deputado estadual Cláudio Porpino (PSB) disse que o partido vai aguardar o resultado da votação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre as coligações partidárias antes de bater o martelo sobre o vice de Iberê.

A ministra Carmem Lúcia pediu vistas do processo na semana passada quando o placar estava empatado em dois a dois. O TSE vai decidir se os partidos que não estiverem coligados na majoritária podem ou não se aliar com qualquer outra legenda na proporcional. O julgamento deverá ser retomado amanhã.

Foto: Elpídio Júnior
Deputado federal João Maia (PR).
A decisão do TSE poderá modificar inteiramente o cenário político no Rio Grande do Norte. Caso as coligações sejam liberadas, é provável que o PR do deputado federal João Maia ocupe a vice de Iberê.

O republicano tem sido assediado para a vaga, mas declinou de todos os convites, alegando que não poderia romper o compromisso assumido com o deputado federal Henrique Alves (PMDB) e a prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV).

Cláudio Porpino revelou que, dependendo do julgamento do TSE, o governador vai intensificar a negociação para convencer João Maia a aceitar a vice.

“É unanimidade no PSB que João Maia somaria bastante e seria um vice extraordinário. Eu ainda acredito [nesta possibilidade]. Vamos ter que aguardar a decisão de amanhã”, declarou o peessebista.

Larissa é alternativa
Foto: Vlademir Alexandre
Deputada estadual Larissa Rosado (PSB).
Cláudio Porpino estimou que a tão esperada decisão sobre o vice sairá em, no máximo, 48 horas. Caso o TSE estrague os planos do governador de ter um companheiro de chapa do PR, o nome mais provável para o lugar é o da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), reeditando a chapa “puro-sangue” dos socialistas em 2006.

“Existem alternativas interessantes. Larissa é o nome do PSB. Se a aliança for interna e a gente decidir sair com a chapa puro-sangue, o nome será de Larissa”, declarou o suplente de deputado estadual.

Em relação a uma possível resistência de Larissa Rosado a aceitar o convite, Cláudio Porpino disse que os obstáculos já teriam sido “quebrados”. A principal imposição da deputada seria o apoio do PSB à candidatura do irmão dela, o vereador Lairinho Neto, além da garantia do governo da reeleição da mãe dela, a deputada federal Sandra Rosado.

PSB ouvirá outros partidos
Foto: Vlademir Alexandre
Hugo Manso, Pré-candidato a senador.
Para Cláudio Porpino, o nome de Larissa “agrega”, mas ele destacou que o PSB ainda vai ouvir os demais partidos que integram a coligação governista.

Ele disse considerar improvável que o ex-vereador e pré-candidato a senador Hugo Manso seja indicado para a vice, caso a indicação recaia sobre o PT.

“Hugo é um nome forte e qualificado para ser senador. Não acredito em mexida. O PT tem grandes nomes, como a deputada federal Fátima Bezerra e o deputado estadual Fernando Mineiro”, pontuou.

Os dois petistas citados, porém, descartaram trocar as respectivas candidaturas à reeleição pela candidatura a vice-governador.

Wilma não desiste do Senado
Foto: Elpídio Júnior
Ex-governadora Wilma de Faria (PSB).
Cláudio Porpino classificou como “impossível” a possibilidade da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) desistir de disputar uma vaga de senadora para concorrer à Câmara dos Deputados, como estava sendo especulado nos bastidores políticos.

A estratégia seria uma forma de facilitar as negociações para definição da chapa proporcional do PSB. Os operadores do acordo sustentam que a candidatura de Wilma de Faria a deputada federal garantiria, numa única tacada, a eleição dela e a reeleição de Sandra Rosado. Com isso, Larissa ficaria mais sensível à ideia de trocar a Assembleia Legislativa pela candidatura a vice.

Cláudio Porpino refutou qualquer chance desse plano prosperar, afirmando que “desistência não faz parte da biografia de Wilma de Faria”.

“A biografia dela não permite que ela fuja da disputa. Isso é coisa dos adversários, que estão apavorados porque sabem que ela será eleita senadora”, provocou.
NO MINUTO.

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