Deputados aprovam suplementação de 2,18% no orçamento do Governo do RN

A bancada de oposição impôs nova derrota ao governo, nesta quinta-feira, na Assembleia Legislativa (AL). Por 12 votos a 4, a Casa reduziu a suplementação pedida pelo governador Iberê Ferreira (PSB) de 3% para 2,18%. A mensagem governamental enviada à AL deu lugar a um projeto substitutivo relatado pelo deputado estadual Paulo Davim (PV). O novo projeto provou discussões entre os parlamentares. A relação amistosa entre os deputados, vista no início da

semana, deu lugar ao debate agressivo.

O pedido do governo previa o remanejamento de 0,9% para a Saúde, 1,1% para outros setores da administração e 1% para livre uso. A oposição não concordou com a liberação de recursos com destinação desconhecida. “Não podemos dar um cheque em branco para o governo fazer o que bem entender. Aprovaremos o que for relatado para o local onde vai ser usado”, declarou o deputado estadual Getúlio Rego (DEM).

Já o deputado Fernando Mineiro (PT), irritado com a manobra da oposição para diminuir o valor pedido pelo governo, acusou a bancada oposicionista de fazer politica eleitoral na Assembleia. “Pensei que quando a eleição passasse, voltariamos à normalidade. Mas vejo que isso não aconteceu. Estão fazendo política eleitoral aqui dentro”, afirmou. Para Mineiro, a atitude da oposição de vetar 1% do pedido de suplementação do governo vai gerar problemas para o Estado. “O governo tinha a previsão de 3% para os gastos necessários. Mas, com essa atitude da oposição, vai conqtinuar tendo problema de questão orçamentária”, avaliou. O deputado José Dias confirmou as acusações do petista. “Essa Casa é política.

Se o governo faz política porque não podemos fazer?”, ironizou. O pedido de suplementação foi enviado à Casa no dia 15 de agosto e, devido à campanha eleitoral, só foi discutido e votado, com projeto substitutivo apresentado de última hora, ontem. Com a aprovação, o total de remanejamento no OGE 2010 sobe 11,85% para 14,03%. Dos deputados presentes, só Mineiro, Larissa Rosado (PSB), Gustavo Carvalho (PSB) e Salismar Correia (PHS) ficaram com o governo. Poti Júnior (PMDB) votou junto com a bancada de oposição.