O radiojornalismo seridoense perdeu um de seus maiores ícones. O assassinato de F. Gomes, 48 anos de idade, quase 30 deles dedicado ao rádio, além da perda de um grande profissional, pai e marido dedicado, amigo e um exemplar companheiro de trabalho, representa acima de tudo uma afronta a liberdade de expressão e põe em risco, caso não exista uma resposta imediata das autoridades policiais, colocando, no mínimo, os responsáveis na cadeia, a vida de muitos profissionais, que a exemplo de F., fazem do jornalismo no rádio, sem meio de vida.
É dever de todos, é obrigação de cada um de nós, exigirmos que se dê um basta nisso. Quantas vidas já foram ceifadas e outras tantas certamente serão, para que a segurança passe a ser encarada de forma responsável pelas autoridades que lidam com os órgãos. F. Gomes morreu da forma que ele mais gostava, trabalhando. Sentado na calçada, ouvindo seu rádio de pilha, celulares prontos para receber informações de suas fontes. Talvez tenha sido traído pela rotina, ou que jamais imaginasse que, aquela voz que tanto emprestou cobrando justiça para os injustiçados, fosse calada por quem ele tanto combatia.
Medo? É esse o sentimento que começa a se tornar comum em Caicó. Antes de F. Gomes, dezenas de vidas foram abatidas e poucos culpados respondem hoje pelos crimes que cometeram. A repercussão que esse assassinato ganha no mundo inteiro deve ser o alento de cada caicoense e seridoense, que a morte de F. Gomes não ficará impune. Fica aqui, registrado nesta notícia, que jamais gostaria de escrever, toda nossa revolta e dor, pela perda de um dos melhores profissionais que o rádio seridoense gerou.
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