sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Senadores vão ganhar praça de alimentação

Brasília (AE) - No dia 9 de fevereiro, uma semana depois do retorno dos senadores a Brasília, será feita licitação para construir uma praça de alimentação no Senado, com restaurantes e lanchonetes. A obra - antiga reivindicação dos servidores - custará cerca de R$ 1,9 milhão, segundo o edital divulgado ontem no Diário Oficial da União. A previsão é de que o novo espaço, entre 800 e mil metros quadrados, seja inaugurado antes de julho.É mais um agrado do Senado, que aumentou em R$ 3,7 milhões o gasto com hora extra dos funcionários, em 2009, e permitiu aos senadores usar em 2010 sobras da cota de passagem aérea do ano passado.

A justificativa inserida no edital da nova praça diz que a despesa é uma “solicitação da alta direção” do Senado. “Para atender às necessidades dos funcionários”, afirma o texto. A Casa já possui amplo restaurante, usado também pelos senadores, e lanchonete, além de outros espaços na Câmara.

Pressa

O Senado tem pressa. Exige da construtora que os serviços sejam executados em três turnos, nos sete dias da semana, mesmo aos feriados. O edital prevê que a obra seja concluída em 120 dias, a partir da ordem de serviço, provavelmente em fevereiro. A praça de alimentação será construída numa estrutura metálica em um dos estacionamentos do Senado.

O diretor-geral, Haroldo Tajra, é o responsável administrativo por tirar a obra do papel. Ele assumiu o cargo em junho, após a queda de José Alexandre Gazineo, afastado em meio ao escândalo dos atos secretos revelados pelo Estado. Gazineo havia sucedido a Agaciel Maia, que perdeu o cargo em março, depois da suspeita de que ocultou da Justiça a casa onde mora em Brasília. Tajra foi indicado pelo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), e nomeado pelo presidente José Sarney (PMDB-AP)

A diretoria-geral tem comemorado uma economia de R$ 110 milhões em 2009 no orçamento de R$ 2,7 bilhões. Não mexeu, no entanto, nos privilégios. Na noite de terça-feira, a Secretaria de Comunicação Social admitiu aumento de R$ 3,7 milhões com horas extras entre 2008 e o ano passado, contrariando promessa de reduzir essa despesa. Outra promessa, o ponto eletrônico para fiscalizar a chegada e saída dos funcionários, não saiu do papel.

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