sexta-feira, 16 de julho de 2010

RN cria mais de 2 mil novas vagas

Mostrando recuperação da crise que afetou os números do mercado de trabalho no ano passado, o Rio Grande do Norte alcançou um saldo positivo na criação de empregos no fechamento do primeiro semestre de 2010. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nos seis primeiros meses do ano foram mais de 8,1 mil novas vagas. Somente em junho, o saldo cresceu mais de 262% passando de 736 empregos novos para 2.670 postos.

João Maria AlvesArrecadação da Receita Federal acumula crescimento de 12%Arrecadação da Receita Federal acumula crescimento de 12%




















Os dados se referem ao saldo, calculado através da diferença entre a quantidade de contratações e desligamentos. Esse é o terceiro melhor desempenho para o mês de junho na geração de empregos, sendo superado apenas pelos resultados dos anos de 2008 (3.442 postos) e 2004 (3.266 postos). A geração de novas vagas de emprego no primeiro semestre de 2010 no RN só fica atrás do primeiro semestre de 2004, quando foram gerados 9.485 novos postos.

No sexto mês do ano, a Indústria de Transformação liderou a geração de empregos com um saldo de 1.005 vagas. Por outro lado, o setor de Serviços foi o que mais demitiu: foram 3,7 mil demissões nos últimos 30 dias do primeiro semestre.

Mesmo assim, o Rio Grande do Norte mostra recuperação. Tomando por base o acumulado dos seis primeiros meses de 2010 na comparação com o mesmo período do ano passado, percebe-se uma evolução. Enquanto neste ano o saldo foi positivo, no ano passado, o resultado mostrava um número de 14,5 mil demissões a mais que contratos.

“Esses resultados mostram que o Rio Grande do Norte está no caminho certo para o desenvolvimento. A oferta de empregos continua crescendo e isso se deve aos investimentos que estamos buscando para o nosso Estado”, avalia o governador Iberê Ferreira de Souza.

Brasil

O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País em junho foi de 212.952, o segundo melhor resultado para o mês. Segundo o Caged, a geração de vagas de emprego superou as demissões em 1.473.320 postos formais de trabalho no primeiro semestre de 2010. Segundo o Ministério, foi o melhor semestre da história do Caged. Na quarta-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já havia adiantado que, com os dados de junho, o saldo total de novas vagas na primeira metade do ano chegaria próximo a 1,5 milhão. A meta do governo é atingir 2,5 milhões de empregos novos com carteira assinada este ano, já descontadas as demissões. “Eu previa mais, é verdade, mas isso não altera previsão para ano”, disse Lupi ontem. Com a meta de 2,5 milhões de empregos líquidos este ano, o objetivo é fechar o governo Lula com um saldo total de 15 milhões de empregos.

Resultado de junho interrompe série de cinco recordes mensais

Brasília (AE) - O resultado de junho interromperam uma série de cinco meses de recorde. Mas Lupi enfatizou que, apesar do número mais baixo no mês passado, em relação a meses anteriores, não se trata de uma queda na geração de vagas. “É que vocês estão acostumados a ganhar de goleada de 6 a 0 e agora, foi 3 a 0”, brincou o ministro com jornalistas. “Não houve redução. Aliás, o número é mais do que o dobro do gerado em 2009, mas é claro que está havendo acomodação na contratação”, disse. Ele explicou que parte deste movimento deve-se a término de obras da construção civil e parte pode ser atribuída à diminuição de contratações no setor de serviços, em especial, de educação, por conta das férias escolares.

Setores

O setor de serviços foi o que criou a maior quantidade de postos formais de trabalho no primeiro semestre deste ano, enquanto a agricultura foi a que registrou maior taxa de crescimento no período, segundo dados do Caged. No período, o setor de serviços criou 490.028 postos; a Indústria de Transformação gerou 394.148; a construção civil, 230.019, e o comércio, 144 135. Já o setor agrícola apresentou um saldo líquido de 175.050 vagas formais, o que representa um aumento de 11,98%.

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