Enquanto o DEM ainda não se pronunciou sobre o nome da senadora Rosalba Ciarlini para ser candidata ao Governo, o PSDB não apenas lança como declara apoio ao nome da parlamentar na corrida a sucessão de Wilma de Faria. O presidente estadual dos tucanos, deputado federal Rogério Marinho, avalia que Rosalba Ciarlini já mostra viabilidade no projeto de candidatura e destaca que o PSDB estará nesse palanque. Mas se Rosalba Ciarlini é tão viável como candidata, por que o senador José Agripino não lançou o nome da parlamentar ao Governo?
“Acho que o senador José Agripino tem, como presidente do seu partido, responsabilidade no sentido de ampliar o palanque. Evidente que se há quatro expectativas em nome de um só posto, três irão se frustrar. Se você previamente fechar uma posição no palanque em que você está evidente que pode fechar portas”, comentou o deputado federal Rogério Marinho.Na política nacional, ele afirma que o PSDB do Rio Grande do Norte ainda não definiu se apóia o governador de São Paulo, José Serra, ou o de Minas Gerais, Aécio Neves, na sucessão do presidente Lula. Rogério Marinho defende um “entendimento interno”, sem necessidade de prévias.
Sobre a política nacional, os rumos do PSDB no Rio Grande do Norte e a sucessão da governadora Wilma de Faria, Rogério Marinho, que confirmou ser candidato a reeleição, concedeu a seguinte entrevista a TRIBUNA DO NORTE.
O PSDB do Rio Grande do Norte é pró Serra ou pró Aécio?
O PSDB do Rio Grande do Norte é pró partido. Vamos escolher o melhor candidato para o partido. O PSDB nacionalmente está em processo de transigência, negociação interna que vai se exaurir no mês de janeiro. O melhor candidato será o candidato, tanto pode ser Serra como Aécio. Se nós formos chamar a decidir aí reuniremos o diretório estadual e teremos uma posição. Nesse momento eu não acho necessário a gente ter uma definição até porque o partido espera que essa decisão ocorra sem necessidade de confronto interno.
O senhor defende as prévias dentro do PSDB?
Não. Defendo o que está ocorrendo, que é um trabalho permanente de negociação. O Aécio e Serra, ambos governadores bem avaliados, tem toda condição de serem os representantes do partido na próxima eleição majoritária. Aécio vem crescendo nas pesquisas de opinião pública. O dead line que coloca é a partir de janeiro do próximo ano, se esse processo de crescimento de Aécio continuar evidente que o partido terá que se debruçar na situação. Queremos um candidato competitivo. Mas hoje, indubitavelmente, a situação nos aponta que pelo recall, pelo fato de ter sido ministro da Saúde, candidato a presidente, o governador José Serra reúne as melhores condições de ser candidato.
O PSDB já sinalizou que o vice na chapa nacional virá do DEM. O senhor defende o senador José Agripino para ser candidato a vice?
Para o Rio Grande do Norte seria extremamente importante ter um vice em uma chapa competitiva e com chances concretas de governar o país a partir de 2011. Ocorre que o senador José Agripino Maia tem declarado de forma reiterada que é candidato a senador da República. Se essa situação se afigurar e eu puder opinar farei isso favoravelmente ao senador José Agripino. Mas não descarto a possibilidade do PSDB chegar a um consenso interno e chegar a uma chapa puro sangue.
O senhor seria mais simpático a esse projeto do PSDB-DEM ou PSDB-PSDB?
Seria mais simpático a um projeto que tivesse a maior viabilidade eleitoral. O Serra e Aécio são governadores dos dois maiores Estados da federação. Evidente que seria uma chapa extremamente competitiva. Se isso acontecer o partido só tem a ganhar e todos os partidos aliados que estiverem conosco nessa empreitada.
O PSDB no Rio Grande do Norte já selou a aliança com o DEM?
A confirmação, evidente, só ocorrerá, a exemplo de outras alianças e outros partidos, por ocasião das convenções que acontecerão em junho. É fato que temos um trabalho junto a senadora Rosalba Ciarlini. Esse trabalho é consubstanciado com as atividades políticas que o partido vem desenvolvendo e que ela tem participado. O fato de nós termos uma afinidade que é pública até porque nós temos um palanque nacional e a senadora está inserida nesse palanque, que é pré-requisito básico de qualquer aliança no Rio Grande do Norte. Também pelo fato de que fizemos um projeto para o Rio Grande do Norte, que foi o RN45, esse projeto foi apresentado ao DEM e a senadora Rosalba. Já houve o compromisso por parte dela de quando da ocasião da campanha assimilar o nosso programa se conseguir se eleger governadora.
Então o candidato do PSDB ao Governo do Rio Grande do Norte é Rosalba Ciarlini?
É a mais competitiva. Eu não vejo no cenário local hoje nenhuma outra candidatura com o perfil da senadora Rosalba Ciarlini e com as condições objetivas de êxito que ela reúne. Uma senadora que tem grande notoriedade, grande aceitação popular, tem conosco um processo de convergência política e que está na sua luta como pré-candidata e conta com nosso apoio.
Mas o principal líder do DEM ainda não declarou apoio a senadora Rosalba. A que o senhor credita isso?
Acho que o senador José Agripino tem, como presidente do seu partido, responsabilidade no sentido de ampliar o palanque. Evidente que se há quatro expectativas em nome de um só posto (apoio da governadora Wilma de Faria), três irão se frustrar. Se você previamente fechar uma posição no palanque em que você está, evidente que pode fechar portas. Esse é o sentimento do senador José Agripino, a sua necessidade de partir para um palanque vitorioso em 2010. Não tenho dúvida que a candidatura da senadora Rosalba está consolidada. É um dos três membros do DEM que tem condições de competitividade no país.
Como o senhor vê o cenário hoje: de um lado a senadora Rosalba e do outro quatro pré-candidatos disputando o apoio da governadora Wilma de Faria?
Pela nossa tradição política, normalmente, se afunila esse processo ao Governo do Estado em duas candidaturas. Então, a dificuldade de lançamento de um nome que unifique o campo situacionista é evidente, notório. Agora essa situação compete a administração e condução do Governo do Estado e espero que continue do jeito que está.
A senadora Rosalba pode ter dificuldade, embora esteja na frente nas pesquisas, já que deverá enfrentar um candidato a reeleição, o vice-governador Iberê Ferreira?
O governador Iberê, que já assumiu de fato o Governo, ele, sem dúvida, é um político experiente, capaz, articulador e que no momento oportuno colocará o bloco na rua e será o candidato competitivo. Não existe na história política do nosso Estado eleição ganha por antecipação, onde a máquina governamental estará a disposição do candidato do Governo. Agora o sentimento popular é um fator que não podemos desprezar. Eu que tenho acompanhado a senadora Rosalba Ciarlini vejo manifestações espontâneas por parte da população, inclusive desorganizada, não é situação planejada, artificial, o que demonstra que há um sentimento de fazê-la governadora do Estado. Na minha parte estarei ao lado da senadora Rosalba.
O senhor disse que o vice-governador já assumiu o Governo de fato. A governadora “renunciou a função de administrar” em prol de que?
Não diria que a governadora tenha renunciado a função de administrar, mas o que temos assistido, e aí falo como espectador, é que estamos vendo que o estado está quedado em função da sua dificuldade em resolver funções da segurança pública, por exemplo. E o que ouvimos das pessoas do Governo é que isso será equacionado quando o governador Iberê assumir o Governo. Essa inanição de sete anos, a dificuldade de sete anos, só será equacionada quando o governador Iberê assumir de direito o Governo. Essa situação demonstra que a condição de comando do Governo está tendo transição mais rápida do que imaginávamos. Acredito que isso é estratégia do Governo para favorecer um candidato que, as pesquisas demonstram, tem pouca força ainda.
O senhor critica o Governo Wilma de Faria, mas há bem pouco tempo o senhor era aliado.
Acho que o primeiro período do Governo a governadora capitalizou o sentimento popular muito forte de mudança, ela que teve coragem e ousadia de se candidatar sem as duas forças políticas do Estado. Ela conseguiu chegar ao povo de tal maneira que se elegeu governadora de forma improvável para os analistas políticos da época. Essa força transformadora foi se exaurindo porque o Governo passou a ser um campo de compartimentos estanques. A governadora hoje tem vários grupos políticos que não conversam entre si, disputam espaço entre si e estão dentro do mesmo governo. A dificuldade de comunicação interna transformou o governo com perfil inovador, em um governo imobilizador, estático e com prejuízo para população do Rio Grande do Norte.
O senhor já esteve na base da governadora. Hoje como vê a disputa de quatro candidatos querendo o apoio da governadora Wilma de Faria? Tende a esfacelar essa base? Com um racha um desses candidatos preteridos poderia ser recebido no palanque do PSDB?
Eu tenho defendido que o mesmo grupo político que derrotou o acordão de 2008 nas ruas de Natal deve ser repetido em 2010 com o acréscimo do senador Garibaldi e do PMDB. Aí caberia o PR, PMN, PV partidos que estiveram conosco nas ruas da cidade de Natal. Evidente que é legítimo o direito dos cidadãos que tem vontade de colocar a disputa ao pleito do RN. Aí nós vamos o deputado federal João Maia, deputado Robinson Faria, além do ex-prefeito Carlos Eduardo e do vice-governador Iberê Ferreira. Nós temos uma condição para apoiar um candidato: apoio ao palanque nacional. Aliás, a Unidade Potiguar (integrada pelo PMN, PP, PR e pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves) quando foi formada definiu o palanque a Dilma Roussef, essa posição nos afasta de apoiar qualquer um deles. Mas caso um deles se sinta colocado a margem do processo, evidente, que a senadora Rosalba estará de braços abertos para recebê-los e colocar na chapa majoritária.
O PSDB do Rio Grande do Norte é pró partido. Vamos escolher o melhor candidato para o partido. O PSDB nacionalmente está em processo de transigência, negociação interna que vai se exaurir no mês de janeiro. O melhor candidato será o candidato, tanto pode ser Serra como Aécio. Se nós formos chamar a decidir aí reuniremos o diretório estadual e teremos uma posição. Nesse momento eu não acho necessário a gente ter uma definição até porque o partido espera que essa decisão ocorra sem necessidade de confronto interno.
O senhor defende as prévias dentro do PSDB?
Não. Defendo o que está ocorrendo, que é um trabalho permanente de negociação. O Aécio e Serra, ambos governadores bem avaliados, tem toda condição de serem os representantes do partido na próxima eleição majoritária. Aécio vem crescendo nas pesquisas de opinião pública. O dead line que coloca é a partir de janeiro do próximo ano, se esse processo de crescimento de Aécio continuar evidente que o partido terá que se debruçar na situação. Queremos um candidato competitivo. Mas hoje, indubitavelmente, a situação nos aponta que pelo recall, pelo fato de ter sido ministro da Saúde, candidato a presidente, o governador José Serra reúne as melhores condições de ser candidato.
O PSDB já sinalizou que o vice na chapa nacional virá do DEM. O senhor defende o senador José Agripino para ser candidato a vice?
Para o Rio Grande do Norte seria extremamente importante ter um vice em uma chapa competitiva e com chances concretas de governar o país a partir de 2011. Ocorre que o senador José Agripino Maia tem declarado de forma reiterada que é candidato a senador da República. Se essa situação se afigurar e eu puder opinar farei isso favoravelmente ao senador José Agripino. Mas não descarto a possibilidade do PSDB chegar a um consenso interno e chegar a uma chapa puro sangue.
O senhor seria mais simpático a esse projeto do PSDB-DEM ou PSDB-PSDB?
Seria mais simpático a um projeto que tivesse a maior viabilidade eleitoral. O Serra e Aécio são governadores dos dois maiores Estados da federação. Evidente que seria uma chapa extremamente competitiva. Se isso acontecer o partido só tem a ganhar e todos os partidos aliados que estiverem conosco nessa empreitada.
O PSDB no Rio Grande do Norte já selou a aliança com o DEM?
A confirmação, evidente, só ocorrerá, a exemplo de outras alianças e outros partidos, por ocasião das convenções que acontecerão em junho. É fato que temos um trabalho junto a senadora Rosalba Ciarlini. Esse trabalho é consubstanciado com as atividades políticas que o partido vem desenvolvendo e que ela tem participado. O fato de nós termos uma afinidade que é pública até porque nós temos um palanque nacional e a senadora está inserida nesse palanque, que é pré-requisito básico de qualquer aliança no Rio Grande do Norte. Também pelo fato de que fizemos um projeto para o Rio Grande do Norte, que foi o RN45, esse projeto foi apresentado ao DEM e a senadora Rosalba. Já houve o compromisso por parte dela de quando da ocasião da campanha assimilar o nosso programa se conseguir se eleger governadora.
Então o candidato do PSDB ao Governo do Rio Grande do Norte é Rosalba Ciarlini?
É a mais competitiva. Eu não vejo no cenário local hoje nenhuma outra candidatura com o perfil da senadora Rosalba Ciarlini e com as condições objetivas de êxito que ela reúne. Uma senadora que tem grande notoriedade, grande aceitação popular, tem conosco um processo de convergência política e que está na sua luta como pré-candidata e conta com nosso apoio.
Mas o principal líder do DEM ainda não declarou apoio a senadora Rosalba. A que o senhor credita isso?
Acho que o senador José Agripino tem, como presidente do seu partido, responsabilidade no sentido de ampliar o palanque. Evidente que se há quatro expectativas em nome de um só posto (apoio da governadora Wilma de Faria), três irão se frustrar. Se você previamente fechar uma posição no palanque em que você está, evidente que pode fechar portas. Esse é o sentimento do senador José Agripino, a sua necessidade de partir para um palanque vitorioso em 2010. Não tenho dúvida que a candidatura da senadora Rosalba está consolidada. É um dos três membros do DEM que tem condições de competitividade no país.
Como o senhor vê o cenário hoje: de um lado a senadora Rosalba e do outro quatro pré-candidatos disputando o apoio da governadora Wilma de Faria?
Pela nossa tradição política, normalmente, se afunila esse processo ao Governo do Estado em duas candidaturas. Então, a dificuldade de lançamento de um nome que unifique o campo situacionista é evidente, notório. Agora essa situação compete a administração e condução do Governo do Estado e espero que continue do jeito que está.
A senadora Rosalba pode ter dificuldade, embora esteja na frente nas pesquisas, já que deverá enfrentar um candidato a reeleição, o vice-governador Iberê Ferreira?
O governador Iberê, que já assumiu de fato o Governo, ele, sem dúvida, é um político experiente, capaz, articulador e que no momento oportuno colocará o bloco na rua e será o candidato competitivo. Não existe na história política do nosso Estado eleição ganha por antecipação, onde a máquina governamental estará a disposição do candidato do Governo. Agora o sentimento popular é um fator que não podemos desprezar. Eu que tenho acompanhado a senadora Rosalba Ciarlini vejo manifestações espontâneas por parte da população, inclusive desorganizada, não é situação planejada, artificial, o que demonstra que há um sentimento de fazê-la governadora do Estado. Na minha parte estarei ao lado da senadora Rosalba.
O senhor disse que o vice-governador já assumiu o Governo de fato. A governadora “renunciou a função de administrar” em prol de que?
Não diria que a governadora tenha renunciado a função de administrar, mas o que temos assistido, e aí falo como espectador, é que estamos vendo que o estado está quedado em função da sua dificuldade em resolver funções da segurança pública, por exemplo. E o que ouvimos das pessoas do Governo é que isso será equacionado quando o governador Iberê assumir o Governo. Essa inanição de sete anos, a dificuldade de sete anos, só será equacionada quando o governador Iberê assumir de direito o Governo. Essa situação demonstra que a condição de comando do Governo está tendo transição mais rápida do que imaginávamos. Acredito que isso é estratégia do Governo para favorecer um candidato que, as pesquisas demonstram, tem pouca força ainda.
O senhor critica o Governo Wilma de Faria, mas há bem pouco tempo o senhor era aliado.
Acho que o primeiro período do Governo a governadora capitalizou o sentimento popular muito forte de mudança, ela que teve coragem e ousadia de se candidatar sem as duas forças políticas do Estado. Ela conseguiu chegar ao povo de tal maneira que se elegeu governadora de forma improvável para os analistas políticos da época. Essa força transformadora foi se exaurindo porque o Governo passou a ser um campo de compartimentos estanques. A governadora hoje tem vários grupos políticos que não conversam entre si, disputam espaço entre si e estão dentro do mesmo governo. A dificuldade de comunicação interna transformou o governo com perfil inovador, em um governo imobilizador, estático e com prejuízo para população do Rio Grande do Norte.
O senhor já esteve na base da governadora. Hoje como vê a disputa de quatro candidatos querendo o apoio da governadora Wilma de Faria? Tende a esfacelar essa base? Com um racha um desses candidatos preteridos poderia ser recebido no palanque do PSDB?
Eu tenho defendido que o mesmo grupo político que derrotou o acordão de 2008 nas ruas de Natal deve ser repetido em 2010 com o acréscimo do senador Garibaldi e do PMDB. Aí caberia o PR, PMN, PV partidos que estiveram conosco nas ruas da cidade de Natal. Evidente que é legítimo o direito dos cidadãos que tem vontade de colocar a disputa ao pleito do RN. Aí nós vamos o deputado federal João Maia, deputado Robinson Faria, além do ex-prefeito Carlos Eduardo e do vice-governador Iberê Ferreira. Nós temos uma condição para apoiar um candidato: apoio ao palanque nacional. Aliás, a Unidade Potiguar (integrada pelo PMN, PP, PR e pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves) quando foi formada definiu o palanque a Dilma Roussef, essa posição nos afasta de apoiar qualquer um deles. Mas caso um deles se sinta colocado a margem do processo, evidente, que a senadora Rosalba estará de braços abertos para recebê-los e colocar na chapa majoritária.
Fonte da Tribuna do Norte.
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