Brasília - Com o aval do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, PT e PMDB acertaram ontem(20) a composição da chapa para a disputa presidencial de 2010. Em jantar realizado no Palácio da Alvorada, ficou acertado que o PT ficará com a cabeça da chapa, provavelmente com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o PMDB, com a vice. Os dois partidos preferiram falar em pré-acordo, que só será sacramentado após as convenções partidárias, a serem realizadas ao longo do ano que vem.
Visto como um dos mais cotados a assumir a vaga de vice-presidente, o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), desconversou em relação a sua indicação de canidato à vice e disse que o nome sairá das convenções dos partidos. “O nome será fruto das circunstâncias políticas a serem definidas no ano que vem”, argumentou, acrescentando que é preciso ouvir, primeiramente, as representações estaduais dos partidos.
Temer avaliou que “seria mais útil” uma coalização dos vários partidos que compõem atualmente a base de apoio ao governo Lula. “Seria útil que se tivesse um bloco com uma candidatura e mais um bloco com outra. Seria útil para os costumes políticos do país", afirmou.
Apesar de dizer que a posição definitiva em relação a aliança para as eleições presidenciais de 2010 só será anunciada depois das conversas com as representações dos partidos nos estados, Temer descartou a possibilidade de que a união entre PT e PMDB não ocorra. “Não acredito [que o acordo não será oficializado], mas, evidentemente, temos que prestar atenção às questões regionais”.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, afirmou que a aliança representa “o acúmulo político desse três últimos anos de governo do presidente Lula com uma coalização mais consistente e programática”. Segundo ele, a ideia é ter o PT e o PMDB como cabeça de chapa, mas agregando os diversos partidos que hoje apoiam o governo.
Berzoini informou ainda que os detalhes do pré-acordo serão divulgado amanhã (21) pela manhã e tratarão das formas de ampliar as alianças e as composições nos estados e os movimentos políticos até 2010.
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