quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sethas reúne comissões municipais para aperfeiçoar Programa do Leite

Com o objetivo de aprimorar os serviços e o desempenho do Programa do Leite no Estado para que o projeto siga de maneira eficaz no Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria Estadual de Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), reuniu nesta quarta-feira, às 8h30, no auditório da Emater mais de 150 distribuidores do programa. No evento, os responsáveis pelas comissões municipais interagiram com o titular da secretaria, Gercino Saraiva, o coordenador de Segurança Alimentar, Tomaz Neto e o gerente executivo do Leite Potiguar, Luis Neto, ações a serem desenvolvidas para o projeto social.


Dentre os principais pontos abordados pelos peritos se destacaram a organização dos postos de entrega recebimento do leite, local de distribuição e armazenamento adequado acompanhamento na entrega do produto fiscalização da pontualidade, quantidade e qualidade organização e divulgação da documentação necessária para realizar o cadastramento alerta em caso de entrega fora do horário ou de qualidade duvidosa além da presença dos técnicos nas capacitações promovidas pela Sethas.


De acordo com o secretário, existem muitos pontos para que o programa aconteça de forma saudável e honesta, todavia, preferiu ressaltar a questão da humanização e o contato direto realizado entre o distribuidor e o beneficiário. "Os processos sociais não podem ocorrer apenas entre a gestão estadual e os favorecidos. Existem personagens intermediários que fiscalizam, observam e tomam as devidas providências. O evento tem esse foco. Se o programa do leite tem imperfeições elas precisam ser corrigidas. A responsabilidade é do secretário, coordenador e de todos envolvidos no programa", destacou Gercino Saraiva.


O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), é responsável por coletar amostras do produto, fazer análise do material e enviar os laudos tanto para a Sethas quanto para os laticínios, sendo estes últimos responsáveis por tomar alguma eventual providência, sempre de acordo com os termos previstos em contrato. Nas últimas análises (meses de agosto e setembro de 2009) os resultados mostraram respostas positivas em relação aos aspectos da qualidade do produto. "O trabalho já é desenvolvido pelo Idiarn, mas não é infalível. Sem a conscientização das comissões municipais o trabalho não atinge a perfeição", ressaltou o gerente executivo do programa, Luis Neto.


Segundo Edna Ferreira, diretora e responsável pela distribuição do leite no Centro de Ensino Integrado (CEI) localizado no Loteamento Aliança – Zona Norte de Natal – o processo ocorre de forma correta. "Tenho uma freezer onde armazeno o leite que chega pontualmente na hora e data marcada, depois disso faço a distribuição com as pessoas inscritas", disse. A diretora ainda acrescentou que o maior impasse que o Centro enfrenta está relacionado com a demanda. "A procura é imensa. Há pessoas que fazem essa única refeição por dia. Como moro em uma das áreas mais carentes da cidade, vejo como o leite é importante para esse povo. Há uma senhora que sempre que recebe o leite fica comovida", contou.


Atualmente, o Programa do Leite atende 155 mil pessoas no Rio Grande do Norte. Recebem o benefício de sete litros de leite por semana crianças carentes de 0 a 3 anos, crianças entre 3 e 6 anos com quadro de desnutrição (estas recebem leite de cabra), idosos a partir de 60 anos, portadores de necessidades especiais, gestantes, mulheres em fase de amamentação, portadores do vírus HIV e da tuberculose e pessoas com câncer. Além de obedecer a estes critérios, para receber o benefício é necessário que a família tenha renda de até um salário mínimo.


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