Em reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (10), na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesap) entre representantes dos Sindicatos dos médicos, a Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (Seplan), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos (SEARH) ficou decidido pela continuidade da greve dos médicos iniciada na manhã desta terça-feira (9).
Com isso em pleno período do carnaval, quando a procura por hospitais aumenta verticalmente, apenas 1/3 das equipes vão estar atendendo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos (sinmed), Geraldo Ferreira, essa foi a saída encontrada para que as reivindicações fossem acatadas. “Se a greve for no ritmo moderado não conseguiremos nem sair do lugar. Acredito que a partir de amanhã haverá um endurecimento da greve”, disse o presidente do sindicato.
Ainda segundo Geraldo, as propostas apresentadas pelo governo não são compatíveis com as reivindicações da categoria. Segundo o presidente foi proposto um reajuste de 5%, o que para ele está fora da realidade da classe.
Na noite desta quinta-feira (11), a categoria vai se reunir em assembléia para discutir as propostas apresentadas na reunião desta quarta-feira. “A proposta será levada para a assembléia, mas dificilmente será aceita, pois está muito distante do que foi reivindicado, o que determina a continuidade da greve”, disse Geraldo.
Geraldo disse ainda que há a possibilidade de outros órgãos da saúde aderirem a greve, como o Samu metropolitano, responsável pelo atendimento das cidades circunvizinhas.
Segundo o presidente, nenhum procedimento eletivo será realizado durante a greve, como consultas, cirurgias e exames. Apenas um médico ficará a disposição dos atendimentos na urgência e emergência de cada hospital. "A população não precisa se preocupar, pois, caso haja algum caso mais grave, que necessite do auxílio de outro médico, ele também estará disponível e com os aparelhos ligados", disse.
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